“A categoria veio para cá, foi votada a lei 577/2014 dando o direito à sociedade de Camaragibe de ter um transporte público de qualidade, legalizando a situação dos funcionários, motoristas e cobradores que viviam na clandestinidade. Hoje, mais de 100 famílias que dependiam do sistema estão passando por dificuldades”, esclareceu o ex-diretor. Atualmente Hilton Gomes se desvinculou da cooperativa após ser demitido.
O presidente Adriano Tabatinga assegurou que a Câmara vai marcar com a cooperativa uma discussão mais direta. “Esta Casa se sensibilizou e aprovou o projeto pensando em ajudar. Na próxima reunião vamos organizar um encontro com a COOPER-UNE, pois queremos o comprometimento da mesma para reintegrar vocês”.
A título de esclarecimento, o vereador Délio Junior (PMDB) explicou que cabe aos vereadores fiscalizar o poder Executivo. “Vamos convocar a cooperativa para uma audiência pública e fazer umas explanações, a fim de chegarmos a um denominador comum”, explicou.
O parlamentar Edvaldo Barbosa (PSC) parabenizou a sociedade brasileira pelas manifestações ocorridas no último domingo, e afirmou que agora as coisas já não permanecem escondidas. “Essa situação da cooperativa desencadeia uma série de problemas sociais, não é à toa que o povo vai às ruas lutar”, falou.
Na tribuna, o vereador Antônio Oliveira (PSB) relembrou que no dia 30 de abril de 2015 cobrou uma posição da Casa Legislativa em virtude do projeto da cooperativa, pois tinha receio que houvesse problemas futuros. “Vamos chamar aqui a COOPER-UNE e tomar providências”, indagou.
Por sua vez, o parlamentar Daniel Passos (REDE) afirmou que o regimento interno precisa existir e solicitou comprovações por parte da cooperativa. “Não participei da votação porque não era vereador, mas entendi que o projeto facilitaria a vida do trabalhador. Tragam comprovações para que possamos pronunciar”, pediu.
Geraldo Alves (PR) também se pronunciou sobre o assunto parabenizando a atitude dos cooperados em trazer a discussão à Câmara. “Na época o sistema estava ruim. Aprovamos o projeto porque queríamos ajudar a cooperativa. E agora não vamos aceitar que vocês fiquem prejudicados”, declarou.
Já o vereador Paulo André (PSB) ressaltou que o projeto foi aprovado por todos. “É bom deixar claro que a decisão não foi apenas dos vereadores e da prefeitura, mas da própria cooperativa. A gente faz questão que o assunto venha à tona”. Durante o discurso aproveitou para lembrar aos demais legisladores da sessão solene em comemoração aos 40 anos da União dos Vereadores de Pernambuco – UVP, que ocorre hoje, na Assembleia Legislativa do Estado.
Para Armando do Posto (PV) o projeto foi aprovado para beneficiar os trabalhadores. “Fizemos isso pensando na melhoria do serviço. Não aprovamos o projeto para prejudicar vocês. Por isso podem contar com esta Casa”, registrou.
De acordo o vereador Sargento Alberes (PSDB), Hilton Gomes precisa apresentar as causas de ter saído da cooperativa. “Antes de julgar o outro lado vamos analisar e ver quem está com a verdade. Queremos apurar os fatos”, disse com cautela.
João Antônio (PMDB) reforçou a necessidade de apresentar fatos para que medidas sejam tomadas. “Tragam um relatório e a partir daí teremos provas para cobrar do presidente da cooperativa. Sou a favor do povo”, afirmou.
Por último, o vereador Hélio Albino (PTB) garantiu tentar achar uma solução junto com os demais vereadores. “O assunto é de grande interesse da população. Talvez o prefeito Jorge Alexandre nem esteja sabendo desse absurdo da cooperativa. Esta Casa quando aprovou a lei teve a preocupação junto com o prefeito em colocar um transporte descente”, lembrou.
AC Comunicação / Ascom Câmara
16.03.2016
Foto: Grivaldo A. Pinto / Presidência